quinta-feira, 26 de outubro de 2017

A origem das vestes sacerdotais no A.T.

O sacrifício incessante de animais e a chama incessante do fogo do altar, foram sem dúvida propostos por Deus para gravar na consciência dos homens a convicção de sua própria pecaminosidade e para ser um quadro perdurável do sacrifício vindouro de Cristo, para quem apontavam e em quem foram cumpridos.”[1]

O sumo sacerdote era o sacerdote mais importante e era o único que tinha acesso ao santíssimo lugar (santo dos santos), mesmo assim sua entrada se dava somente uma vez por ano a fim de expiar os pecados da nação israelita sendo o único que atuava como mediador entre toda a nação e o Senhor. Somente o sumo sacerdote usava o peitoral com os nomes das tribos e tinha o direito de consultar o Senhor por meio do Urim e Tumim[2] os quais se encontravam dentro do peitoral[3].


Peitoral: uma bolsa quadrada de aproximadamente 20cm. que continha doze (12) pedras preciosas, de diferentes tipos e cores, cada uma representando uma das 12 tribos de Israel.
Estas pedras ficavam na seguinte ordem:

·         Primeira: sárdio, topázio e carbúnculo;
·         Segunda: esmeralda, safira e diamante;
·         Terceira: jacinto, ágata e ametista;
·         Quarta: berilo, ônix e jaspe.

Estola Sacerdotal: também chamada de éfode era uma veste feita de linho nas cores ouro, azul, roxo e vermelho presa por um cinto e o seu aspecto era como uma espécie de corpete. Possuía duas pedras sardônicas que ficavam sobre os ombros e cada uma dessas pedras continham a gravação de seis (6) nomes das tribos de Israel. Assim o sumo sacerdote representava a todo o Israel no ministério da mediação.

Manto: em Êxodo é chamado de sobrepeliz. Este manto era na cor azul e ficava sobre a túnica se estendendo do pescoço até um pouco abaixo do joelho. 

Túnica: presa por uma faixa na região lombar, a túnica era uma veste branca base da roupa sacerdotal, usada sobre um calção que ia da cintura às coxas[4], representava uma vida pura e santa e também “as justiças dos santos”[5].

Mitra: era um turbante feito de linho fino e possuía uma base de ouro puro com uma gravação escrita “Santidade ao Senhor”[6]. A mitra fazia parte da vestimenta básica do sacerdote.

Cinto: o cinto, obra de bordador[7], exercia a função de dar firmeza à vestimenta, mais especificamente para o manto e a estola sacerdotal, por essa razão ficava um pouco mais próximo à região do peito.

Campainhas: as campainhas de ouro ficavam na borda do manto se alternando com romãs azuis (símbolo de uma vida frutífera). Tinha a função de identificar os movimentos do sumo sacerdote no santo dos santos.

Em suma a vestimenta do sumo sacerdote representava a dignidade do sumo sacerdote, bem como no seu aspecto visual a beleza de se cultuar a Deus em uma harmonização entre as vestes sacerdotais e as cores do tabernáculo, e posteriormente do templo.


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HOFF, Paul. O Pentateuco. São Paulo: Editora Vida, 1983.



[1] HALLEY, Henry. Compendio Manual de la Bíblia, s/d, p. 129. In: HOFF, Paul. O Pentateuco. São Paulo: Editora Vida, 1983.  p.163
[2] Urim e Tumim, significam: “luzes e perfeições”; indicam ser duas pedrinhas, uma contendo uma resposta negativa  e outra positiva. Não se sabe ao certo como eram usadas, provavelmente retiradas ou lançadas ao acaso a fim de dar uma alternativa. (1 Samuel 14:42 e 28: 6; 2 Samuel 5: 19)
[3] Êxodo 28:30 e Levítico 8:8.
[4] Êxodo 28: 42
[5] Apocalipse 19: 8
[6] Êxodo 28:36
[7] Êxodo 28: 39

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